Dia da mãe

Para mim, é o dia da minha mãe.
O que mais desejo é que um dia também seja o meu dia.
Anseio pelo ano em que o vou celebrar como meu.
Não sei quanto tempo falta. Pode faltar pouco ou pode faltar muito.
Se dependesse de mim já não faltava nada.
Se dependesse de nós já éramos três.
Resta-nos apenas esperar e continuar a tentar tornar o sonho realidade.
A próxima tentativa está marcada para setembro. A esperança é sempre muita mas, infelizmente, o medo também.
Esperança que sim. Medo que não.
Dói tanto não depender de nós podermos ser pais naturalmente..

Feliz dia da mãe a quem tem a sorte de o poder festejar como tal!

Saudades e conflitos dos meus órgãos

O tempo vai passando. O dia passa mais rápido mas a noite chega lenta.
Tento não contar os dias mas é inevitável. Contando para trás parecem poucos mas sinto-os como uma eternidade.
Não conto para a frente porque sinto que faltam dias infinitos até à tua chegada.

Ainda há bem pouco tempo dizíamos que eu estava a acabar porque me faltavam apenas 3 meses (coisa pouca). Entretanto 2 meses passou a ser tanto tempo. É a diferença entre estar contigo ou sem ti.
Contigo o tempo voa. Quando estás longe ele fica coxo e demora o triplo a passar.

A minha cabeça diz que 2 meses não são quase nada mas o meu coração zanga-se alegando ser demasiado tempo. Andam desentendidos. A cabeça sabe que nos tempos que correm é normal um casal separar-se e devíamos dar graças a Deus por ser tão pouco tempo. Mas o coração não acha piada à conversa. Ele sente que 2 meses é demasiado tempo para nos separamos de quem tanto amamos. Sente que devia ter-me impedido de te incentivar a aceitar.
E eu tenho-lhe dado ouvidos. Nunca mais vou incentivar-te para algo deste género. Sei que o meu coração não me voltará a deixar cometer tal erro. Se a oportunidade voltar a surgir, o coração vai lembrar a cabeça do quão triste anda agora sem ti.

Entretanto a barriga anda zangada comigo porque deixei o pneu alojar-se nela e só agora mando a boca fechar-se para tentar expulsá-lo.
A minha barriga quer-se sozinha e a presença do pneu não está a permitir aos olhos o contacto com um espelho de corpo inteiro. Não há contacto porque se houver sei que não vou gostar..

Eu sei que tu gostas de mim com ou sem pneu mas, se ainda o tiver quando voltares, vou ter um desgosto gigante. Quero livrar-me dele para ficar elegante. Não gosto do que vejo no espelho e por isso também não gosto que me vejas assim. Quero passar a ter prazer ao ver-me no espelho. Quero passar em lojas e poder comprar roupas em vez de olhar e dizer ‘adoro mas não me fica bem com este corpo’.
Estou farta de procurar roupa que esconda o pneu. Quero passar a procurar roupa que me agrade. Em vez de esconder o pneu quero ter o prazer de poder mostrar a barriga. Só espero conseguir para não ter uma enorme desilusão.

Com a eternidade que falta para chegares pode ser que consiga expulsar o pneu.
Até o coração ia ficar mais contente!

Amo-te Smurf e odeio estas malditas saudades 😦 Não matam mas moem..