2 de janeiro

Acredito que poucas pessoas se recordem da sua passagem de ano de há 15 anos.
Eu recordo-me bem da minha, pelas piores razões..
Foi a pior passagem de ano!
Os piores 1 e 2 de janeiro.
O 2 de janeiro foi o pior e passou a ser dia de memórias.
Memórias do melhor pai do mundo. Memórias de uma família de 4 elementos.
Memórias de uma infância feliz.
Ficaram, ficam e ficarão as memórias e as saudades.
O meu pior início de ano de sempre foi há 15 anos.

Saudades e conflitos dos meus órgãos

O tempo vai passando. O dia passa mais rápido mas a noite chega lenta.
Tento não contar os dias mas é inevitável. Contando para trás parecem poucos mas sinto-os como uma eternidade.
Não conto para a frente porque sinto que faltam dias infinitos até à tua chegada.

Ainda há bem pouco tempo dizíamos que eu estava a acabar porque me faltavam apenas 3 meses (coisa pouca). Entretanto 2 meses passou a ser tanto tempo. É a diferença entre estar contigo ou sem ti.
Contigo o tempo voa. Quando estás longe ele fica coxo e demora o triplo a passar.

A minha cabeça diz que 2 meses não são quase nada mas o meu coração zanga-se alegando ser demasiado tempo. Andam desentendidos. A cabeça sabe que nos tempos que correm é normal um casal separar-se e devíamos dar graças a Deus por ser tão pouco tempo. Mas o coração não acha piada à conversa. Ele sente que 2 meses é demasiado tempo para nos separamos de quem tanto amamos. Sente que devia ter-me impedido de te incentivar a aceitar.
E eu tenho-lhe dado ouvidos. Nunca mais vou incentivar-te para algo deste género. Sei que o meu coração não me voltará a deixar cometer tal erro. Se a oportunidade voltar a surgir, o coração vai lembrar a cabeça do quão triste anda agora sem ti.

Entretanto a barriga anda zangada comigo porque deixei o pneu alojar-se nela e só agora mando a boca fechar-se para tentar expulsá-lo.
A minha barriga quer-se sozinha e a presença do pneu não está a permitir aos olhos o contacto com um espelho de corpo inteiro. Não há contacto porque se houver sei que não vou gostar..

Eu sei que tu gostas de mim com ou sem pneu mas, se ainda o tiver quando voltares, vou ter um desgosto gigante. Quero livrar-me dele para ficar elegante. Não gosto do que vejo no espelho e por isso também não gosto que me vejas assim. Quero passar a ter prazer ao ver-me no espelho. Quero passar em lojas e poder comprar roupas em vez de olhar e dizer ‘adoro mas não me fica bem com este corpo’.
Estou farta de procurar roupa que esconda o pneu. Quero passar a procurar roupa que me agrade. Em vez de esconder o pneu quero ter o prazer de poder mostrar a barriga. Só espero conseguir para não ter uma enorme desilusão.

Com a eternidade que falta para chegares pode ser que consiga expulsar o pneu.
Até o coração ia ficar mais contente!

Amo-te Smurf e odeio estas malditas saudades 😦 Não matam mas moem..

Insónia de saudade

Passo a noite na sala, com a televisão ligada e agarrada ao telemóvel, vagueando pelo infinito mundo da Internet. Não dou pelo tempo passar. Só há meia noite e tal/ uma da manhã volto a olhar para o relógio e assusto-me com a hora que marca.
Deito-me já cansada mas não adormeço de imediato.
Sinto a tua falta. Deitar-me contigo é um prazer, sozinha uma obrigação. Adormecer contigo é ótimo e super aconchegante, sem ti é frio e não há posição perfeita.
Pensava que ia custar menos. Que o trabalho me ia ocupar a cabeça. Realmente ocupa, mas só de dia. As noites têm sido complicadas e consequenteme as manhãs ainda mais, por causa das noites mal dormidas.
Amo-te cada vez mais e não vejo o momento em que vais chegar, nos vamos abraçar, beijar, acarinhar. Por mim voltavas já ontem. Smurf, és o amor da minha vida, e apesar de já não ter dúvidas, cada vez tenho mais certezas!

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